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nstalação de Válvulas Redutoras de Pressão combate perdas e torna o abastecimento mais eficiente
A cidade de Palhoça começa a colher os primeiros resultados da instalação de Válvulas Redutoras de Pressão (VRPs) nas redes de abastecimento de água. A medida, adotada pela concessionária Águas de Palhoça, tem como objetivo controlar e estabilizar a pressão da água em áreas onde ela costuma ser excessiva, uma das principais causas de vazamentos e rompimentos nas tubulações.
Com a redução da pressão, o sistema se torna mais estável, as redes sofrem menos desgaste e as perdas de água diminuem. No Centro, onde uma das primeiras válvulas foi instalada, a redução no número de vazamentos chegou a 16% apenas no primeiro mês de operação. A expectativa é que a cidade alcance uma economia anual de cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos de água por ano, o equivalente a uma redução de até 10% no índice de perdas do município.
Atualmente, estima-se que Palhoça perca aproximadamente 900 mil metros cúbicos de água por mês, e grande parte dessas perdas está relacionada à pressão elevada nas redes. Com as VRPs, o controle da distribuição se torna mais preciso e seguro, protegendo a infraestrutura e contribuindo para a sustentabilidade do abastecimento.
As primeiras unidades foram implantadas no Centro e nos bairros Pachecos e Alto Aririú, e novas instalações estão previstas para regiões como Ponte do Imaruim, Aririú, Passa Vinte e Bela Vista. A tecnologia permite segmentar o sistema e ajustar a pressão conforme as características de cada região.
Impactos nas residências
A alteração na pressão tem gerado estranhamento para alguns moradores, principalmente aqueles acostumados a pressões mais altas. No entanto, a Águas de Palhoça esclarece que todas as VRPs operam dentro dos parâmetros técnicos exigidos, garantindo a pressão mínima necessária: 10 metros de coluna de água (m.c.a).
“A redução da pressão não significa interrupção no abastecimento. Moradores que notarem alterações no fluxo ou enfrentarem problemas específicos podem entrar em contato com a empresa pelo telefone 0800 595 4444”, esclarece a gerente de operações da concessionária, Joana Andreazza Claudino dos Santos.
Prédios e casas precisam se adequar
Alguns imóveis podem sentir mais os efeitos da mudança, especialmente prédios antigos que não possuem sistemas de reservação e bombeamento adequados, como cisternas e bombas de recalque. Nestes casos, a recomendação é que edificações com mais de dois pavimentos contem com esses equipamentos para garantir o abastecimento constante.
Residências térreas ou de até dois andares e prédios com sistema de reservação adequados não terão impacto. A orientação é que todas as casas tenham reservatórios com capacidade para ao menos um dia de consumo, o que oferece mais segurança tanto frente à redução de pressão quanto a eventuais manutenções emergenciais.
Segundo a gerente de operações, o controle da pressão nas áreas atendidas pelas VRPs é feito em tempo real, por meio de sensores integrados ao Centro de Controle e Operações (CCO) da concessionária. Essa estrutura permite respostas imediatas a qualquer variação, garantindo maior estabilidade no sistema e prevenindo falhas.
Além disso, a Águas de Palhoça prevê a automação e a implantação de telemetria nas VRPs, permitindo o controle remoto dos equipamentos e ampliando a agilidade nas ações de operação. O objetivo é manter uma estratégia proativa, inteligente e sustentável para o controle da distribuição de água.
O modelo adotado em Palhoça segue práticas consolidadas pela AEGEA, grupo responsável pelo saneamento no município e em diversas outras cidades brasileiras. “A combinação entre controle de pressão, automação e monitoramento já demonstrou ser eficiente em diferentes regiões do país, com resultados significativos na redução de perdas e no aumento da segurança operacional”, detalha Joana.
