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Executiva apresenta iniciativas em cidades catarinenses e defende o saneamento como pilar essencial para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Joinville (SC) — A importância do saneamento básico como eixo estratégico para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social foi o ponto central da fala de Reginalva Mureb, executiva da AEGEA, durante o painel “Empresas Guardiãs da Terra”, no Fórum ODS Brasil 2025, realizado em Joinville. Representando uma das maiores empresas privadas de saneamento do país, Reginalva apresentou um panorama do trabalho da AEGEA em mais de 890 municípios brasileiros, com 23 mil colaboradores e atendimento a 39 milhões de pessoas.
A atuação da companhia está diretamente conectada a vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU — especialmente os ODS 6 (Água Potável e Saneamento), 3 (Saúde), 7 (Energia Limpa) e 10 (Redução das Desigualdades). “Quando a gente fala de saneamento básico, estamos falando de saúde, de combate à pobreza, de qualidade de vida. É por isso que ele impacta todos os ODS”, afirmou a executiva.
Reginalva compartilhou os avanços em diversas cidades catarinenses. Em São Francisco do Sul, a universalização do sistema de esgoto está próxima de ser concluída nas praias, blindando toda a região com coleta e tratamento de esgoto adequado. Já em Bombinhas, a construção de uma nova estação de tratamento de água permitiu enfrentar com tranquilidade os verões recentes, mesmo com o forte aumento populacional na alta temporada.
Em Penha, a AEGEA já iniciou o tratamento de esgoto em dois bairros, com previsão de expansão para toda a cidade até 2033. Em Camboriú, além da distribuição de água, a empresa está preparando a universalização do atendimento com a implantação de um sistema de esgotamento sanitário. Já em Palhoça, onde a cobertura de esgoto é de apenas 10%, foram anunciados quatro novos sistemas de esgotamento para universalizar o serviço e a atuação em Frei Damião, considerada a maior comunidade vulnerável do estado.
“Ainda existem pessoas em Santa Catarina sem acesso à água potável. Em Frei Damião, vamos levar abastecimento de água e, depois, implantar o sistema de esgoto, além de buscar soluções conjuntas com município e instituições para a falta de banheiros em parte das residências”, destacou.
Energia limpa e combate às perdas
A executiva também detalhou o compromisso da empresa com a sustentabilidade energética. Desde 2021, a AEGEA opera no mercado livre de energia e, em Santa Catarina, 89% da operação já é feita com energia limpa (Eólica, solar, biomassa e pequenas hidrelétricas). O combate às perdas de água — uma das maiores preocupações do setor — também foi tratado com destaque. Em cidades como Bombinhas, a empresa atingiu índices de perda inferiores a 18%, muito abaixo da média nacional que é de 45%.
Projetos sociais e reconhecimento
Além da implantação da infraestrutura e prestação dos serviços, a empresa investe em programas sociais e educacionais. O Projeto Afluentes, por exemplo, promove relacionamento com lideranças comunitárias (uma escuta ativa da população) e o Portas Abertas promove visitas de estudantes a estações de tratamento de água e de esgoto; o Programa Voluntariado promove forte engajamento dos colaboradores para ações junto à comunidade e o Pioneiros busca atrair estudantes do ensino médio, orientando uma nova geração consciente sobre o valor do saneamento.
A atuação da AEGEA em SC já foi reconhecida em 3 anos consecutivos com prêmios da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) como empresa de médio porte com práticas relevantes de responsabilidade social.
Saneamento muda vidas
Reginalva encerrou sua participação com uma fala emocionada ao relembrar experiências em comunidades vulneráveis do Brasil, como a chegada de água potável às palafitas do Beco do Nonato, em Manaus, na recuperação ambiental da Lagoa de Araruama, na região dos Lagos (RJ) e bem recentemente à chegada da água potável na casa de uma idosa de 78 anos, na comunidade quilombola em São Francisco do Sul. “Ela dizia que sempre utilizou água de um ribeirão e comemorou a chegada da água portável. Em 15 dias, conseguimos mudar essa realidade.”
Para a executiva, o saneamento é o ponto de partida para a transformação social: “Quem trabalha com um serviço tão essencial não pode se negar a atender quem mais precisa. É isso que o saneamento faz: melhora a vida das pessoas, organiza a cidade, protege o meio ambiente e distribui prosperidade.”